
"Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."
(Lya Luft)
Comentários:
Se a existência é uma "aventura" e busca-se o tempo todo um sentido para o que se vive, este texto nos convida a uma reflexão do que realmente está ao nosso alcance. Aprendendo a lidar com as adversidades, reconhecendo as conquistas e valorizando o que importa. Sem grandes ambições, mas com nobres sentimentos. Afinal, numa sociedade onde se tende a consumir e absorver tudo rapidamente, a autora remete a possibilidade de "moderar" o bem viver, usufruindo dos aspectos importantes da vida com certo equilíbrio.
E como já dizia Jack Kerouac: "Apaixona-te pela tua existência".
Vanessa M. da Ponte
Psicóloga do Lien Clínica e Assessoria