terça-feira, 20 de março de 2012

Cinema e Psicanálise

Site das imagens: www.cinemamontreal.com
Título Original: C’est pas moi, jê le jure! (Canadá /2008)
Diretor: Philippe Falardeau

Não Sou Eu, Eu Juro!


SINOPSE
“O ano de 1968 marca uma virada na vida do menino Léon Doré, dez anos. Sua falsa tentativa de suicídio, por enforcamento, fracassa por um fio. Pouco depois, sua mãe neurastênica, que se sente sufocada pelo marido, vai morar na Grécia, deixando seus dois filhos com o pai. Enquanto o irmão mais velho cultiva um rancor surdo, Léon pilha e faz uma bagunça danada na casa dos vizinhos que viajaram de férias, finge ter um problema na vista para justificar as péssimas notas no colégio, arma tramoias, manipula as pessoas, menos Léa, a jovem vizinha que percebe tudo. Juntos, eles vão crescer aprendendo a superar a dor de serem abandonados”.

COMENTÁRIOS
Filme carismático, que consegue tratar de temas tão delicados da infância (abandono, maus tratos, rejeição), de maneira bem humorada e divertida. Os dramas vividos pelo garoto não são banalizados e se manifestam através de sua rebeldia. Diante do sofrimento pela falta da mãe e com a presença de um pai distante, Léon trava uma batalha com a vida, se arriscando em situações extremas, testando seus limites. Apesar do sentimento de impotência diante do abandono materno, ele busca desesperadamente um sentido para sua vida. Apesar de franzino, o personagem seduz com a sua precocidade, esperteza e fragilidade ao mesmo tempo. Através da amiga Léa (que sofre de maus tratos e foi abandonada pelo pai) o protagonista vivencia ainda a ternura e as agruras do primeiro amor.

Frases de Léon no filme:
-“Em tempos de desespero, medidas desesperadas”.
-“Ela esvaziou minhas reservas de amor por uns vinte anos”.
-“A vida não é feita para mim, mas eu pareço ter sido feito para a vida”.
Imperdível!

Vanessa M. da Ponte, psicóloga do Lien Clínica e Assessoria


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