O Mito da caverna
Imaginemos um muro bem alto separando o
mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um
feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que
nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada,
acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do
fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do
muro, mantêm acesa uma fogueira. Pelas paredes da caverna também ecoam os sons
que vêm de fora, de modo que os prisioneiros, associando-os, com certa razão,
às sombras, pensam ser eles as falas das mesmas. Desse modo, os prisioneiros
julgam que essas sombras sejam a realidade.
Imagine que um dos prisioneiros consiga se
libertar e, aos poucos, vá se movendo e avance na direção do muro e o escale,
enfrentando com dificuldade os obstáculos que encontre e que saia da caverna,
descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais
além todo o mundo e a natureza.
Caso ele decida voltar à caverna para
revelar aos seus antigos companheiros a situação extremamente enganosa em que
se encontram, correrá, segundo Platão, sérios riscos - desde o simples: ser
ignorado, até: ser agarrado e morto por eles, que o tomarão por louco e
inventor de mentiras.
Nesta alegoria Platão chama nossa atenção para vários aspectos da condição
humana. Porém, gostaria de ressaltar apenas um: como ainda nos dias de hoje os
homens são prisioneiros de si, acorrentados em suas falsas crenças, preconceitos,
passividades, precipitações e ilusões que limitam seu crescimento e
desenvolvimento.
Não precisamos nos identificar com a figura dos prisioneiros, podemos nos
libertar e por mais difícil que possa parecer, olhar uma nova realidade, ainda
que cheia de dúvidas e inseguranças, mas com a certeza de que se trata da vida
real!
Reflita e traga para sua realidade!
Grande abraço
Roberta Marin Passos
Psicóloga do Lien Clínica e Assessoria
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