domingo, 11 de novembro de 2012

Cinema e Psicanálise


EXÍLIOS
(Exils)
França, 2004
Diretor: Tony Gatlif
Sinopse:
O músico Zano propõe à sua amante Naïma que ambos façam uma viagem até a Argélia, país de onde seus pais emigraram décadas atrás. Eles atravessam a França e a Espanha até que, tomados por um forte sentimento de liberdade, abandonam-se aos ritmos sensuais da Andaluzia. De um encontro a outro, eles cruzam o Mediterrâneo e terminam a viagem com a promessa da descoberta de si mesmo.


TRANSYLVANIA
França, 2006
Diretor: Tony Gatlif
Sinopse:
Zingarina é uma mulher grávida que viaja com a amiga Marie rumo à Transilvânia, na Romênia. Ela está à procura do homem que ama, Milan, que conheceu na França, mas foi embora sem qualquer explicação. Ao reencontrá-lo, Milan rejeita Zingarina. Sua vida apenas melhora quando ela conhece Tchangalo, um homem solitário que, assim como ela, é livre.

(Fonte: Adorocinema)

Comentários:

Fica a dica destes dois exóticos filmes do diretor Gatlif que é argelino e descendente de ciganos.

O premiado ‘Exílios’ reconstrói de maneira inversa o caminho do exílio feito pelos pais de um jovem casal, em um filme de encontro com as raízes e de retorno às origens.


‘Transylvania’ é um filme que trata de paixão, abandono e rejeição.

São filmes que falam de descobertas, liberdade, identidade e de herança familiar. Adentramos culturas muito distintas, com forte apelo musical e que expressam paixão e sensualidade. Aos poucos vamos deixando de lado nossas referências culturais, diante de um mundo cada vez mais globalizado e estático. Afinal, são filmes sobre raízes, exilados e ciganos. E são envolventes como a tradição cultural cigana, que apresenta uma complexa diversidade. O nomadismo cigano assumido como experiência, pelas perseguições e exílios através dos tempos. Uma cultura que assume um estilo de vida alternativo e elabora sua identidade de maneira intensa, pois constrói a semelhança com base na experiência profunda das diferenças.


Termino com uma frase do filme ‘Exílios’ que expressa este sentimento de “clandestinidade” diante da vida:

“Sou estrangeira em qualquer lugar”.

Vanessa M. da Ponte
Psicóloga do Lien Clínica e Assessoria

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