segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cinema e Psicanálise


O EXÓTICO HOTEL MARIGOLD

Direção: John Madden
Reino Unido, 2012


Sinopse:
Os aposentados Muriel, Douglas, Evelyn, Graham e mais três amigos decidem curtir a aposentadoria em lugar diferente e o destino é a Índia. Encantados com o exotismo do local e com imagens do recém restaurado Hotel Marigold, a trupe parte para lá sem pestanejar e são recebidos pelo jovem sonhador Sonny. O único detalhe é que nada era muito bem como parecia ser, mas as experiências que eles irão viver mudarão para sempre o futuro de todos.

(Fonte: adorocinema)

Comentários:

O filme mostra a ousadia de um grupo de pessoas que parte para um destino exótico buscando novas oportunidades. O que é diferente como possibilidade, como uma nova chance para estas pessoas que tem desejos e interesses pela vida. Abdicando de vidas “previsíveis” e deixando para trás situações que denunciariam o tempo todo à condição de dependência, vulnerabilidade e limite diante da velhice. O próprio hotel representa esta condição, pois precisa de reformas, reparos, não é algo pronto, precisa se reconstruir.




Os personagens mostram cada um a seu modo, a capacidade e incapacidade de entrega a estas mudanças: alguns com esperança e otimismo e outros com preconceito e recusa.
Um dos personagens comenta sobre o fato dos indianos encararem a vida não como um direito, mas como um privilégio.

A velhice pode ser considerada como a idade avançada, que se segue à maturidade. É a ideia de algo que muda com o tempo e o degenerar como alterar, de não ser mais o que foi, o ser humano em constante transformação. A revelação do envelhecer, as descobertas dos sinais que marcam o tempo no corpo trazem a estranheza deste se descobrir como um outro, em outro tempo.


“O tempo é um ponto de vista. Velho é quem é um dia mais velho que a gente...”.
(Mario Quintana)


Vanessa M. da Ponte
Psicóloga do Lien Clínica e Assessoria

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