segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Pensamentos e Reflexão
“O alto custo de se apegar às coisas”
"... se conservamos coisas que não queremos ou não usamos mais, isso de fato nos custa algo a mais, nem que seja o tempo gasto organizando-as e contemplando-as.
- Por que exatamente você tem o que tem?
- Do que poderia se livrar sem sentir falta?
- Ainda preciso disso?
- Quanto está me custando possuir isso?
Talvez o apego às coisas venha em parte da noção de que precisamos estar preparados para tudo. Raramente consideramos como é insignificante a consequência quando nos falta algo ou ficamos despreparados. Nem consideramos como é alta a consequência de estarmos preparados demais. Tal consequência, frequentemente, vai além do custo financeiro. Talvez seja útil pensar: tenho espaço físico, emocional e mental para trazer mais uma coisa para a minha vida?
...o objetivo é ter clareza sobre por que você possui o que possui e o que exatamente isso pode lhe custar”.*
(*Trechos do ensaio do planejador financeiro Carl Richards, fonte: ‘The New York Times’).
Comentários:
Apesar do texto destacar a ideia de que raramente consideramos o que possuímos e dar dicas de como se desvencilhar de coisas materiais não mais utilizadas e acumuladas no decorrer da vida, podemos pensar sobre isso no que se refere aos sentimentos. Afinal, quantas vezes não reagimos da mesma maneira em determinadas situações?Muitas vezes por acomodação e por sabermos exatamente aonde iremos chegar. É possível articular com as pessoas de maneira espontânea e sincera? É possível expressar nossos sentimentos, com gentileza, mas com firmeza?Qual a nossa tolerância diante de situações desagradáveis e contraditórias?O quanto nos subestimamos diante das hostilidades do dia a dia? É possível mudar a maneira que expressamos nossos sentimentos diante das pessoas queridas, que convivemos?
Que estes questionamentos fiquem como uma reflexão de tudo que “acumulamos” no decorrer da vida e da nossa capacidade de reciclar nossos sentimentos, podendo “jogar fora” o que não mais interessa, conservar o que faz sentido e quem sabe criativamente nos surpreender?
Vanessa M. da Ponte
Psicóloga do Lien Clínica e Assessoria
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