quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Cinema e Psicanálise




BABY LOVE
(Comme les Autres, França, 2008)
Direção: Vincent Garenq
Sinopse:
Emmanuel e Philippe formam o casal perfeito, até que o primeiro sugere a ideia de ser pai. Philippe a princípio não gosta da ideia, mas para manter o relacionamento, aceita pedir a ajuda de Josefina, uma garota disposta a engravidar.




CONFIAR
(Trust, EUA, 2011)
Direção: David Schwimmer
Sinopse:
Will e Lynn têm três filhos. Enquanto um está prestes a entrar para a faculdade, a filha do meio, Annie, começa a apresentar os sintomas comuns das adolescentes que querem se parecer mais velhas e ser aceitas entre seus pares. Publicitário bem sucedido e super envolvido com a profissão, Will procura ter uma relação de confiança com os filhos, mas Annie inicia um relacionamento no computador com um jovem de 16 anos e dá continuidade através do telefone. Sem que seus pais soubessem, ela aceita o convite dele para um encontro, mas a surpresa que ela tem no primeiro momento é só o começo de um pesadelo que marcará para sempre a sua vida e a de sua família.

(Fonte: Adorocinema)

Comentários:

Pegando carona nas comemorações do último domingo, estes dois filmes falam sobre a  paternidade. O longa “Baby Love” sobre o desejo de ser pai de um homem nada convencional  e  Confiar” sobre o sofrimento de um pai superprotetor diante de um drama familiar, já que sua filha é vítima de pedofilia na internet. Tanto a comédia francesa quanto o drama americano aborda com sensibilidade a condição paterna.
Os dois filmes também tem em comum temas relacionados à sexualidade. O longa francês com sensibilidade e humor mostra as dificuldades da paternidade por homossexuais e o americano de um pai que precisa lidar com a sexualidade precoce da filha.
Algumas considerações sobre a função paterna para a Psicanálise:
Relacionar apenas a função paterna com a ideia do prover é muito pouco.Esta função no campo simbólico faz surgir no psiquismo do filho a marca da lei, a Lei do Pai. Esta lei protege o filho de uma doença mental, pois o pai retira o sujeito do estágio de alienação ao corpo materno, diferenciando a criança de sua mãe, compondo sua identidade. O lugar do pai é de representante desta lei que impõe limites psíquicos e que também interfere na vida em sociedade, pelas regras da cultura, da moral e ética civilizada. Para além dos limites, ser pai é possibilitar que o filho possa existir com sua singularidade.

Vanessa M. da Ponte
Psicóloga do Lien Clínica e Assessoria

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